Gestão de embalagens

Razões pelas quais são alvo de legislação específica

Em 1994, foi publicada a Directiva 94/62/EC, que foi o primeiro documento a ser divulgado sobre a gestão de embalagens usadas. Estes resíduos foram alvo de um olhar mais atento da União Europeia porque estão associados a três factores muito significativos do ponto de vista ambiental:

Quantidade

As embalagens, muitas de utilização única, são o tipo de resíduo mais comum e mais gerado no mundo inteiro porque o seu consumo está amplamente presente no dia-a-dia.

Poluição

As embalagens, principalmente de plástico, têm um grande impacto nos ecossistemas quando não são correctamente encaminhadas. Demoram vários anos a decompor-se e nunca desaparecem completamente, uma vez que se transformam em microplásticos. Neste processo, prejudicam o ambiente e a saúde humana devido às suas características e aos químicos que as compõem.

Poupar recursos

Alguns materiais que compõem as embalagens são 100% recicláveis, como é o caso do vidro ou do alumínio. A reciclagem garante que estes materiais são reaproveitados e voltam ao ciclo produtivo, o que evita a exploração de novas matérias-primas da natureza e reduz o consumo de energia na produção de novas embalagens.

Foi necessário estabelecer uma legislação específica e um sistema de gestão de resíduos próprio para as embalagens usadas. Esta legislação garante que os embaladores têm a obrigação de implementar medidas que promovam a prevenção, reutilização e reciclagem dos resíduos das embalagens que colocam no mercado e, assim, uma gestão mais sustentável do ciclo de vida e de pós vida destes produtos.

Em 2017, o Electrão assumiu a gestão de embalagens usadas no âmbito da responsabilidade alargada do produtor

Como se organiza o sistema de gestão de embalagens usadas

Conheça cada etapa

Transferência de Responsabilidade

Pela gestão de fim de vida das embalagens colocadas no mercado

Os embaladores podem transferir para o Electrão
a sua responsabilidade pela gestão de fim de vida dos produtos que colocam
no mercado, através do pagamento de um ecovalor.

Comunicação e Sensibilização

Para o correcto encaminhamento dos resíduos

A reciclagem e o correcto tratamento dos resíduos só é possível se o consumidor colocar as embalagens usadas nos ecopontos certos, para que sigam o circuito da reciclagem. Para tal, o Electrão desenvolve diversas campanhas de comunicação e sensibilização, para dar a conhecer as regras da reciclagem e a importância desta acção para o futuro do planeta.

Rede de recolha e tratamento

Rede nacional

Os locais de recolha de embalagens usadas estão organizados numa rede urbana nacional composta por ecopontos, ecocentros e recolha porta a porta. A responsabilidade da gestão destes locais é dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) e dos municípios. Depois de recolhidas são separadas por categoria de material e enviadas para retomadores e/ou recicladores. Os processos de reciclagem permitem recuperar materiais que vão ser usados como matérias-primas.

Articulação com os Parceiros Operacionais

Para garantir o correcto tratamento dos resíduos

O Electrão é responsável por garantir que os seus parceiros de tratamento tratam correctamente as embalagens.

Importância do tratamento e reciclagem

Na actualidade, as embalagens são práticas e facilitam a gestão do dia-a-dia. Acondicionam produtos, protegem alimentos e transportam mercadorias, mas, ao mesmo tempo, são um problema para o Planeta. Estão por todo o lado e o seu consumo aumenta com o aumento do consumo dos restantes bens e a poluição que causam também.
Quando uma embalagem chega ao fim da sua vida útil, a reciclagem é a única solução.

As embalagens usadas são entregues a um SGRU e a uma entidade gestora e iniciam um ciclo que vai garantir que são desviadas do ambiente, correctamente triadas por material e tratadas.

Os seus componentes são geridos com segurança, em unidades especializadas e com recurso a equipamentos específicos, para darem origem a matérias-primas para novos produtos.

Os efeitos negativos que poderiam ter no ambiente e na saúde humana são mitigados.

As matérias-primas que os compõem, como o lítio ou o titânio, são reaproveitadas no fabrico de novos produtos, contribuindo para a transição ecológica e para uma economia mais circular.