Razões pelas quais são alvo de legislação específica

Em 2003, foi publicada a Directiva 2002/96/EC, que foi o primeiro documento a ser divulgado sobre a gestão de equipamentos eléctricos usados. Estes resíduos foram alvo de um olhar mais atento da União Europeia porque estão associados a três factores muito significativos do ponto de vista ambiental:

Quantidade

O crescimento destes resíduos, a nível mundial, tem sido galopante devido ao desenvolvimento da tecnologia e do elevado consumo.

Perigosidade

Estes aparelhos têm na sua composição materiais tóxicos que, no final da sua vida, têm efeitos negativos no ambiente e na saúde humana quando são incorrectamente descartados ou desmantelados.

Poupar recursos

Quando os equipamentos não são reciclados, os materiais que os constituem são desperdiçados, sendo necessária a exploração de novas matérias-primas virgens essenciais, esta actividade tem um grande impacto na natureza e contribui para a escassez de materiais.

Foi necessário estabelecer uma legislação específica e um sistema de gestão
de resíduos próprio para os equipamentos eléctricos usados.

Esta legislação garante que os produtores destes equipamentos têm a obrigação
de implementar medidas que promovam a reutilização, reparação e reciclagem
dos resíduos dos produtos que colocam no mercado e, assim, uma gestão mais sustentável do ciclo de vida e de pós vida destes aparelhos.

Em 2005, 60 produtores de equipamentos eléctricos usados juntaram-se e criaram a primeira entidade gestora para este fluxo de resíduos em Portugal – o Electrão.

Como se organiza o sistema de gestão de equipamentos eléctricos usados

Conheça cada etapa

Transferência de Responsabilidade

Pela gestão de fim de vida dos equipamentos colocados no mercado

Os produtores de equipamentos eléctricos podem transferir para o Electrão
a sua responsabilidade pela gestão de fim de vida dos produtos que colocam
no mercado, através do pagamento de um ecovalor.

Comunicação e Sensibilização

Para o correcto encaminhamento dos resíduos 

A reciclagem e o correcto tratamento dos resíduos só é possível se o consumidor colocar os equipamentos eléctricos usados nos locais correctos para que sigam o circuito da reciclagem. Para tal, o Electrão desenvolve diversas campanhas de comunicação e sensibilização, para dar a conhecer as soluções de entrega e a importância desta acção para o futuro do planeta.

Rede de Recolha e Tratamento

O Electrão é responsável por organizar uma rede de recolha

E garantir que os equipamentos eléctricos são correctamente tratatados e reciclados. Actualmente, a rede Electrão tem milhares de locais de recolha à disposição em todo o país, como Quartéis, Escolas ou superfícies comerciais.
A recolha, transporte e armazenamento são feitos por parceiros criteriosamente seleccionados, tal como a preparação, desmantelamento e tratamento dos equipamentos para reciclagem.

Articulação com os Parceiros Operacionais

Para garantir o correcto tratamento dos resíduos

Além da rede de recolha e da gestão do processo entre os locais de entrega e a transformação dos equipamentos eléctricos em matérias-primas que vão integrar novos produtos, o Electrão é responsável por garantir que os seus parceiros de tratamento tratam e descontaminam correctamente os resíduos, de forma que as substâncias perigosas que constituem estes aparelhos sejam eliminadas de forma segura. 

Importância do tratamento e reciclagem

Se, actualmente, os equipamentos eléctricos são um dos nossos maiores aliados, estão também a transformar-se num dos maiores pesadelos para o Planeta. Estes resíduos são dos que mais estão a crescer a nível mundial e são também dos mais perigosos e dos que mais materiais exigem para a sua produção.
Quando um equipamento chega ao fim da sua vida útil, a reciclagem é a única solução.

Os equipamentos eléctricos usados são entregues a uma entidade gestora e iniciam um ciclo que vai garantir que são desviados do ambiente, correctamente despoluídos e tratados.

Os componentes tóxicos que têm na sua composição são retirados com segurança, em unidades especializadas e com recurso a equipamentos específicos.

Os efeitos negativos que poderiam ter no ambiente e na saúde humana são mitigados.

As matérias-primas que os compõem, como o lítio ou o titânio, são reaproveitadas no fabrico de novos produtos, contribuindo para a transição ecológica e para uma economia mais circular.

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